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Bioanálise como Indicadores de Qualidade de Solo
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Bioanálise como Indicadores de Qualidade de Solo

Por: Andressa Pomini em 03/05/2024 | Ícone Minitag 


Por que avaliar os bioindicadores?

A maior vantagem dos bioindicadores é que eles são mais sensíveis que indicadores químicos e físicos, detectando com maior antecedência alterações que ocorrem no solo, em função do seu uso e manejo.
A tecnologia Embrapa de Bioanálise de Solo ou BioAS agrega o componente biológico às análises de rotina de solos e tem como base a análise da atividade das enzimas arilsulfatase e beta-glicosidase, respectivamente associadas aos ciclos do enxofre e do carbono. Por estarem relacionadas, direta e indiretamente, ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo, essas enzimas funcionam como bioindicadores e ajudam a avaliar a saúde dos solos. Valores elevados de atividade enzimática indicam sistemas de produção e/ou práticas de manejo do solo adequadas e sustentáveis. Ao contrário, valor baixos servem de alerta ao agricultor para reavaliação do sistema de produção na direção da adoção de boas práticas de manejo.

O laudo da BioAS apresenta diversos índices calculados a partir da interpretação dos resultados de análises tradicionais de fertilidade do solo. O índice que agrega o componente químico e biológico do solo é denominado Índice de Qualidade e Biológica do Solo ou IQS Fertbio. Esse índice, por sua vez, agrega três importantes funções do solo: (F1) Ciclagem de nutrientes; (F2) Armazenamento de nutrientes; e (F3) Suprimento de nutrientes. O desempenho de cada uma dessas funções é mensurado por um conjunto de indicadores associados.



São representados dois subíndices derivados do IQS Fertbio: o Índice de Qualidade Biológica do Solo (IQS Biológico), o qual deriva da F1, e o Índice de Qualidade Química do Solo (IQS Químico), o qual deriva conjunta da F2 e da F3.


Figura 1. Modelo de IQS Fertbio, IQS Biológico e IQS Químico

Na BioAS, os valores de atividade enzimática, os índices de qualidade de solos (IQS) e os escores das três funções são calibrados em relação rendimento de grãos e à matéria orgânica do solo (MOS), levando-se em consideração os teores de argila do solo. Tanto os índices quanto as funções recebem notas que variam de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, melhor o aspecto da qualidade do solo associado. Essas notas são também representadas em um padrão cromático “semafórico”, onde verde escuro ou verde claro significam valores adequados (alto e muito alto), amarelo, valores intermediários e laranja ou vermelho, valores inadequados (baixo ou muito baixo).


Figura 2. Escala de qualidade cromática para classificar os índices apresentados no laudo da BioAS.

Até recentemente, a presença de bioindicadores que ajudassem a avaliar a saúde dos solos ainda não fazia parte das rotinas de análises de solo. Essa ausência do componente biológico nas análises de rotina de solo ocorria não só no Brasil, mas na maioria dos países do mundo. A adoção da bioanálise de solo permitirá que o agricultor possa monitorar a saúde de seu solo sabendo exatamente o quê avaliar, como avaliar, quando e como interpretar o que foi avaliado. Além de colocar o Brasil na vanguarda mundial, a adoção da bioanálise como parte das rotinas de análise de solo, também aumentará a inserção do Brasil na bioeconomia.
Com uso dos bioindicadores como parte das métricas para avaliações de qualidade de solo, agricultores que investem em boas práticas de manejo poderão comprovar que, além dos alimentos que produzem, também prestam um importante serviço ambiental preservando ou melhorando a qualidade do solo. Isso sem mencionar os benefícios advindos da constatação de que solos saudáveis também são mais produtivos e resilientes. Um processo em que todos saem ganhando: o agricultor, a sociedade e o meio ambiente.

 




 
REFERÊNCIAS
MENDES, I.C.; SOUSA, D.M.G. de; JUNIOR REIS, F.B. dos; LOPES, A.A de C. Bioanálise de solo: como acessar e interpretar a saúde do solo. Circular técnica 38. Planaltina, DF. 2018.
EMBRAPA. Tecnologia BioAS – Padrões de laudos e suas interpretações. Embrapa Cerrados e Embrapa Agrobiologia. 2021.




 
 
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